Olá, Speakers! Tudo bem com vocês?
O termo call to action é bastante conhecido em diversas áreas, como a publicidade. No entanto, quando falamos sobre oratória, ainda são poucos os que pensam em como essa chamada para a ação e/ou decisão é impulsionada se a comunicação acontece de forma eficaz e interessante.
O call to action pode ter vários significados e não necessariamente a compra de um produto, como muitos imaginam.
Neste artigo, vou falar um pouco mais sobre técnicas que impulsionam o direcionamento do público para uma tomada de decisão, explicando de que forma aprimorar a comunicação influencia nesse momento. Vamos lá?
O que é o call to action?
O call to action ou, em português, a chamada para a ação ou a tomada de decisão, geralmente é associado à venda de um produto ou serviço. Para exemplificar, vamos pensar na clássica propaganda do chocolate “Batom”, vocês se lembram dela?
Basicamente, a propaganda era um grupo de crianças, em diversas situações, que repetiam a frase “compre batom”, como se pudessem hipnotizar a audiência. Esse call to action é MUITO explícito, correto? No entanto, nem sempre (ou melhor, quase nunca) ele aparece dessa forma.
A tomada de decisão é incentivada, por assim dizer, em várias situações. Quando um profissional apresenta um projeto para um cliente, ele não diz “assine comigo” explicitamente, mas, em suma, toda a apresentação tem como objetivo principal que o cliente, de fato, contrate esse serviço.
Da mesma forma, em uma entrevista de emprego, por exemplo, o candidato quer ser escolhido para a vaga, certo? Mas o call to action nesse caso é muito mais sutil. Ou seja, ele não pode simplesmente dizer “me contrate”, mas precisa mostrar os motivos pelos quais merece ser o escolhido.
Como é o call to action nas apresentações em público?
As apresentações em público sempre têm um propósito. Pode ser o de inspirar as pessoas sobre algum fato, pode ser vender um produto, apresentar uma nova ideia e muitas outras possibilidades.
Dessa forma, o call to action aparece de um jeito diferente ao que geralmente é associado. As reuniões de negócios, por sua vez, já têm claro o objetivo. Em outras palavras, ambas as partes envolvidas na reunião estão cientes do propósito que a move.
Ainda assim, tanto nas apresentações quanto nas reuniões, aplicar algumas técnicas de abordagem para o call to action é um diferencial. Uma delas é o chamado “círculo de ouro”. Você já ouviu falar sobre ele? Não? É o que veremos no próximo tópico.
O que é o “círculo de ouro” e como aplicá-lo para direcionar o público na tomada de decisão?
Geralmente, na hora de falar sobre algo, as pessoas costumam seguir a seguinte ordem:
– O que?
– Como?
– Por quê?
Eu estou vendendo o produto X (o que), que tem tais características (como) e as pessoas devem comprá-lo devido às suas qualidades (por quê). Seguindo essa lógica, o call to action aparece inicialmente, seja de forma sutil ou não. Quando é assim, os motivos pelos quais um produto ou serviço merecem ser contratados acabam ficando por último e eles são, na prática, o mais importante.
Pensando nisso, o “círculo de ouro” inverte essa ordem e deixa o call to action para o final. Simon Sinek, o criador desse termo, analisou os melhores discursos da história e, neles, percebeu que os comunicadores faziam exatamente isso.
Seguindo essa técnica, eu, que novamente estou vendendo o produto X, falaria de outra forma, mais ou menos assim: o produto X pode mudar a realidade da sua empresa ao trazer tais qualidades para o dia a dia corporativo. Por isso, considere comprá-lo.
Viram? Primeiro, eu apresento uma realidade (que é muito melhor) com o produto que estou vendendo. Só depois é que explicito o call to action.
Por que essa técnica é tão eficaz?
A forma como falamos algo é tão (ou mais) importante quanto o que falamos. Nos exemplos que vimos no tópico anterior, foi dito exatamente o mesmo. No entanto, ao aplicar o círculo de ouro de Simon Sinek, a segunda fala passou a ser muito mais interessante e chamativa. Com isso, acabou impulsionando o call to action, fazendo com que inspirar as pessoas a determinada tomada de decisão ficasse mais fácil.
A oratória é, muitas vezes, relacionada à capacidade de persuadir os demais. E o call to action é, justamente, colocar essa capacidade em prática. Em alguns casos, o termo “persuadir” pode ser confundido como algo ruim, como se o orador usasse estratégias desonestas para convencer alguém sobre algo que não é necessariamente correto.
É preciso entender que persuadir não é apenas isso. Quando eu vendo algo, estou persuadindo alguém. E posso (ou devo) usar argumentos e estratégias honestas para vender algo no qual eu realmente acredito. Numa entrevista de emprego, estou persuadindo o recrutador para que ele me contrate e eu realmente acredito que me encaixo à vaga a qual estou concorrendo.
Nas reuniões com seus clientes ou investidores, o profissional vende um serviço, a imagem de uma empresa, uma ideia… E esse profissional realmente acredita no que ele está vendendo. E está persuadindo os demais.
Por isso, conhecer as técnicas da oratória persuasiva, como o círculo de ouro, é aprimorar as próprias habilidades de expressar aquilo que acreditamos. Da mesma forma, ao estarmos munidos de conhecimentos para realizar o call to action, conseguiremos atingir nosso objetivo mais facilmente, com uma fala mais interessante e eficaz – tanto para nós quanto para nossos clientes e a empresa que representamos.
Deu para entender como direcionar o seu público para a tomada de decisão tem tudo a ver com a oratória? Dúvidas? Entre em contato com a nossa equipe, conheça nossos cursos e encontre a melhor forma de investir na sua comunicação interpessoal! Te esperamos!