Como ser sucinto na comunicação?

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Como ser sucinto na comunicação?

Speaker! Tudo bem?

Ser sucinto é falar o essencial. Note que não significa, necessariamente, ser breve. Afinal, uma fala longa pode ser assertiva e uma fala curta pode não ser.

Pense um pouco na velocidade em que você consome informação: como rola o feed das redes sociais, ouve áudios acelerados, assiste a vídeos de poucos minutos (ou segundos).

Tudo é muito mais trabalhado, ágil e assertivo. A comunicação mudou. Agora, ela é mais dinâmica que antes. Por isso mesmo, é fundamental ser sucinto e não poluir sua fala com o que não é essencial.

Mas como desenvolver essa habilidade e ser mais suscinto na comunicação? É o que falo na nossa conversa de hoje. Boa leitura!

Como ser sucinto na comunicação: técnicas principais da oratória

Uma maneira interessante de comparar a comunicação moderna com maneiras mais antigas de se expressar é através dos discursos históricos. Faça uma rápida busca na internet e compare os discursos.

Você notará que, há alguns anos, o ritmo de fala era outro e as pessoas pareciam não se importar com isso. Demorava-se muito mais para chegar ao tema central de uma fala, com muitas “voltas” e informações avulsas.

Agora, não. Mesmo em falas longas, existe um uso mais racional do tempo. As informações são escolhidas e há recursos para reter a atenção do público constantemente. Enfim, as falas são mais sucintas, mais assertivas.

Quem pensa que todo esse dinamismo existe só na comunicação digital – e nas redes especificamente –, se engana. Ele também está nas interações presenciais, no dia a dia ou apresentações.

Veja, então, algumas técnicas da oratória para ter mais assertividade e saber como ser mais sucinto na comunicação.

Priorize informações

Por mais que existam muitas informações sobre um tema e que você as considere interessantes, é importante priorizar. Se o volume de dados for muito amplo, pode ser difícil para as pessoas assimilar tudo o que você disser.

Pense, por exemplo, em uma vitrine. Certamente, existem muitos bons produtos dentro de uma loja, mas apenas alguns são expostos na vitrine. Em uma apresentação, o raciocínio é similar.

Priorizar alguns dados é aumentar as chances de que as pessoas os escutem e interiorizem. E que nenhuma informação relevante se perca.

Entenda que falar para todos é falar para ninguém

Esse é um dos jargões que vejo por aí. Mas, na prática, ele tem sentido. Uma pessoa que quer dialogar, ao mesmo tempo e no mesmo contexto, para todos os tipos de público acaba não tendo uma boa abordagem com ninguém.

Então, conheça bem a sua audiência – seja em interações cotidianas ou (mais ainda) em apresentações. Elabore sua estratégia a partir do perfil dessa audiência, definindo não apenas o que falar, mas o como falar.

Use a técnica dos três tópicos

Apesar de simples, é uma técnica muito eficiente e aplicável em diferentes contextos e situações de exposição de fala. É o seguinte: divida a sua fala em apenas três tópicos principais. A introdução e a conclusão não entram nessa contagem, ok?

Por que três? Porque, quando há mais tópicos que isso, a tendência é a de que o público não assimile toda a informação. Ou, pior: que deixe de prestar atenção em você e no que você diz.

Três tópicos, ao contrário, são mais facilmente assimilados e a fala continua dinâmica. Esse é um dos recursos mais eficientes para ser sucinto na comunicação justamente porque obriga a selecionar e priorizar informações.

Dinamize sua fala com recursos e estratégias

Seja em uma reunião, PITCH ou em interações cotidianas: usar recursos e estratégias é fundamental para que a sua fala não se torne maçante, entediante. Quando digo recursos, me refiro especificamente a recursos tecnológicos.

Exemplos bem básicos desses recursos são: um bom PPT, compartilhar tela, utilizar ferramentas de quizes, inserir outros tipos de conteúdo na apresentação, como imagens ou vídeos curtos.

Já as estratégias seriam aquelas utilizadas na abordagem em si. Podem ser o humor e a emoção, por exemplo. Essas duas estratégias, se bem aplicadas, têm o poder de chamar a atenção, gerar conexão e dinamizar o que é dito.

Não monopolize a palavra

Ser sucinto também significa entender que comunicação é troca. Se você me acompanha sempre por aqui, sabe que eu costumo dizer que a comunicação é bem parecida a um jogo de tênis.

No tênis, se apenas um jogador permanece com a bola, a partida não existe. Na comunicação, é similar. Se apenas uma pessoa permanecer todo o tempo com a fala, não há troca. É um monólogo e o mundo moderno já não dá tanto espaço para isso.

Saiba ouvir, promova interação, abra um espaço para perguntas ou debates. Lembre-se de que a audiência também tem algo a dizer e que ouvi-la enriquece a sua fala e ajuda a ter uma comunicação mais sucinta.

Use bem a sua voz e o corpo

Você acredita que se comunica apenas pelo que diz? Na verdade, nós nos comunicamos através de dois tipos de linguagens principais, a verbal e a não-verbal. A não-verbal é a voz e o corpo. Gestos. Expressões faciais. Contato visual.

Quando, no começo deste artigo, eu falei que ser sucinto é dizer o essencial, quis dizer que é preciso eliminar ruídos para ser assertivo, para ser sucinto. Um dos ruídos mais comuns é contradições entre o que é dito e o que se expressa pela voz e corpo.

Portanto, aprenda a usar a linguagem não-verbal a seu favor, garanta que ela potencie a sua mensagem falada e contribua para uma interação muito mais dinâmica.

Me conte: ficou com alguma dúvida sobre este tema?

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