Oratória além da fala: a verdade sobre linguagem não-verbal

Livia Bello

| CEO The Speaker

Muito prazer, meu nome é Lívia Bello, sou CEO e Fundadora da The Speaker, uma empresa que é referência em comunicação e oratória no Brasil.

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Oratória além da fala: a verdade sobre linguagem não-verbal

Olá, Speaker!

Me diga: no que você pensa quando lê a palavra oratória?

É provável que pense em um palco, um microfone e alguém discursando para um grande público, estou certa?

Se bem é certo que oratória inclui apresentações em público e discursos, ela vai muito além disso. É, também, a forma como você se comunica, se expressa e lida com situações de exposição de fala.

O que nem todo mundo sabe é que a oratória vai além do conteúdo. Afinal, existe a chamada dinâmica não-falada, aquilo que expressamos com nosso corpo e nossa voz.

Lidar com essa dinâmica é fundamental para ser um bom comunicador. É por isso que, na nossa conversa de hoje, decidi contar a verdade sobre linguagem não-verbal e trazer algumas técnicas para que você possa desenvolver essa expressão.

Vamos lá?

Oratória além da fala: o que é linguagem-não verbal?

Para definir oratória, usou-se, por muito tempo, a capacidade de falar bem em público. Hoje, a maneira mais correta é considerar a oratória como a habilidade de se expressar bem, seja em público ou em outros tipos de situações de exposição.

Em outras palavras, “falar bem” não é suficiente para fazer com que você seja um bom comunicador, já que a oratória está muito além da fala. É justamente aqui que entra a linguagem não-verbal.

Linguagem-não verbal é tudo aquilo que expressamos sem usar palavras.

A nossa voz. Postura. A maneira como gesticulamos. Para onde olhamos enquanto conversamos com alguém. A roupa que usamos. E, no online, o enquadramento que damos aos nossos vídeos ou à nossa tela.

Absolutamente tudo comunica. A mensagem falada é importante, claro. Mas a dinâmica não-verbal também impacta diretamente para que alguém se comunique bem, de uma forma inspiradora e assertiva.

Por que é importante desenvolver a linguagem não-verbal?

Se você me perguntar quais são os maiores erros quanto à oratória, certamente direi que focar apenas no conteúdo está entre os mais comuns. Passamos muito tempo pensando no que dizer e esquecemos o como dizer.

Desenvolver a linguagem não-verbal é importante porque ela comunica, ou seja, também transmite uma mensagem. Se não há harmonia entre o que expressamos com palavras e o que expressamos com nosso corpo, temos um problema.

Vou contar uma história, Speaker. Em um dos meus treinamentos, uma cliente contou uma experiência interessante. Ela teve que fazer uma apresentação na sua empresa, abordando alguns números importantes quanto ao rendimento.

Durante a sua fala, ela disse que estava entusiasmada para melhorar esses números e preocupada com os problemas que citou. No entanto, ao falar do entusiasmo e ao falar da preocupação, ela manteve a mesma expressão facial.

Foi, então, questionada sobre o que disse. O motivo? Existiu um claro ruído entre o que expressou através da fala e o que transmitiu pelas expressões faciais, isto é, pela linguagem não-verbal.

5 técnicas para dominar a expressão vocal e corporal

Por tudo o que você viu até aqui, é fácil perceber a urgência em aprender a dominar a linguagem não-verbal, certo? Dentro dessa linguagem, estão dois pilares da oratória:

– A expressão vocal

– A expressão corporal

Veja, a seguir, 5 técnicas para dominar essas duas expressões e, com isso, desenvolver a sua dinâmica não-falada como um todo.

1. Dê energia à sua voz

Costumo dizer que a voz é um instrumento. Assim como outros, precisa de aprendizado para ser usada ao seu máximo. Dar energia à voz é exatamente isso: entender seus recursos e aplicá-los bem.

Dois aspectos são fundamentais para dar energia à voz:

– Variar o tom em momentos chave

– Encontrar um ritmo de fala confortável

A variação do tom de voz é indispensável porque tem a capacidade de ajudar a reter a atenção das pessoas. Uma fala em um único tom é monótona e cansa a audiência, prejudicando a transmissão da sua mensagem, do seu conteúdo.

O ritmo de fala tem a ver com a velocidade e o volume da voz. Encontre aquele que respeite a sua autenticidade, mas que também seja confortável para a sua audiência.

2. Faça pausas intencionais

Pausas são um respiro para o comunicador e para aqueles que o escutam. Têm, ainda, outras funções: informar que algo importante está por ser dito, aumentar a emotividade e explicitar a mudança de assunto são algumas delas.

Não tenha medo dos silêncios. Inclua-os em suas falas, planeje os momentos que em irão aparecer e potencie sua expressão vocal.

3. Gesticule de maneira harmoniosa

Qual a maneira correta de gesticular? Para responder a essa pergunta, gosto de lembrar a você que a comunicação não é um conjunto de regras engessadas e imutáveis.

Cada pessoa tem sua maneira de gesticular e é importante respeitar o seu estilo. Há, contudo, outro cuidado: garantir que os gestos não chamem mais a atenção do público do que o seu próprio conteúdo, do que aquilo que você está dizendo. Pense nisso!

4. Defina o enquadramento adequado

O online tem um protagonismo enorme hoje e isso tende a continuar assim por muito tempo. É por isso que o enquadramento precisa ser algo que você conheça e saiba como definir os seus melhores aspectos.

Um bom enquadramento:

– Permite que você gesticule

– Não é excessivamente aberto

– Tem um cenário compatível com o que você quer transmitir

5. Priorize o contato visual

Ler todo um discurso é um equívoco enorme. A razão? Além de afetar a naturalidade com que se fala, prejudica muito o contato visual entre o comunicador e o seu público. Seja presencialmente ou online, faça contato visual.

Uma pessoa que desvia o olhar transmite uma imagem de pouca autoridade e baixa confiança em si mesmo. Por outro lado, quem olha nos olhos gera conexão e reafirma uma imagem de credibilidade.

Ficou com dúvida sobre algum assunto? Entre em contato!

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