Oi, Speaker!
As eleições municipais estão se aproximando, em um contexto marcado pelas medidas de distanciamento social que acabaram alterando a maneira tradicional de fazer política.
Comícios, apertos de mãos, campanha boca-a-boca e eventos com grandes públicos foram, em sua maioria, substituídos pela campanha online, no digital.
Seja no digital ou no presencial, políticos eleitos e candidatos estão em grande evidência. Logo, são observados e julgados praticamente a todo o tempo.
Na nossa conversa de hoje, decidi falar sobre o que considero os 7 erros mais comuns na comunicação política (e que também acontecem em outros âmbitos, por “pessoas comuns”), no contexto atual e no contexto “tradicional”.
Você sabe quais são esses 7 erros? Siga a leitura até o final e descubra!
1. Não saber falar bem em público
Existe político que não sabe falar bem em público? Ora, basta assistir a um pouco de televisão ou acompanhar os pronunciamentos oficiais de agora ou de outros anos e tirar suas próprias conclusões.
Políticos que não dominam essa habilidade são muitos, incluindo aqueles que ocupam alguns dos mais altos cargos do país. Isso acontece no Brasil e em outros países do mundo.
Alguns dos deslizes mais comuns quanto a essa habilidade é:
– Ler o discurso integralmente, sem fazer contato visual
– Vícios de linguagem
– Uso de frases e expressões muito nichadas e inacessíveis à parte da população
– Linguajar com expressões incompatíveis com o cargo
– Pouca assertividade e clareza na organização da fala
2. Não saber persuadir
Pense nas campanhas políticas especificamente: qual é o propósito delas? Não é o de convencer as pessoas a votarem em um determinado político? Para lograr esse objetivo, a oratória persuasiva tem uma importância singular.
Mas não para por aí: não é apenas nas campanhas eleitorais que os políticos necessitam recorrer ao poder de persuasão, mas em todo o seu mandato, seja para dialogar com outros políticos ou com o povo.
Por esses e outros motivos, aos políticos, é importantíssima a habilidade de persuadir, de ser capaz de inspirar as pessoas a um determinado call to action, a uma determinada chamada para a ação.
3. Não saber adaptar o discurso
O Brasil tem, aproximadamente, 148 milhões de eleitores aptos a votar. Será que todas essas pessoas têm o mesmo perfil? A mesma escolaridade? O mesmo poder aquisitivo? Não.
As necessidades, as urgências, as dores e as expectativas são muito diversas em um público assim, tão amplo, principalmente em um país com uma dimensão geográfica tão acentuada.
Desse modo, os políticos precisam saber adaptar a sua fala segundo o público com o qual dialogam. Aliás, esse é um dos principais desafios das pessoas que atuam nesse âmbito.
Alguns dos grandes políticos da história são conhecidos pelo seu poder de adaptação de discurso. Eles dominavam a habilidade de dialogar com diferentes classes sociais, cargos, opiniões e realidades.
4. Não dominar a linguagem não-verbal
Quando pensamos na caricatura de um político, é provável que imaginemos uma pessoa que está sempre sorridente, especialmente durante a fase de campanha eleitoral.
Contudo, dominar a linguagem não-verbal não se reduz apenas a estar sorridente todo o tempo, muito pelo contrário. Saber dominar a linguagem não-verbal é garantir que ela comunique exatamente aquilo que se quer.
Se um político está dizendo que se solidariza com uma família que viveu um momento ruim, por exemplo, mas suas expressões faciais estão neutras, há um ruído na comunicação.
Da mesma forma, se um candidato diz que está entusiasmado para mudar a realidade de uma cidade, mas permanece com uma postura curvada ou expressões faciais que digam o contrário, também há discrepância entre conteúdo e corpo.
5. Não praticar a escuta ativa
Muitas pessoas acreditam que nós, seres humanos, já nascemos com a capacidade de ouvir atentamente, ativamente. Errado! A nossa tendência é a de ouvir verdadeiramente cada vez menos.
Por essa razão, saber ouvir de forma ativa também é uma habilidade. É fato que essa competência é necessária e importante para todos os profissionais, mas, para alguns, ela é essencial, como para os políticos.
Saber ouvir atentamente é o que permite, em grande parte, estabelecer as melhores estratégias para dialogar com as pessoas, independentemente de quem seja esse público e de qual contexto esteja inserido o diálogo.
Debates, entrevistas, no contato direto com eleitores e tantas outras possibilidades: ouvir ativamente é uma ação inteligente e estratégica, ligada à capacidade de persuadir, de convencer.
6. Não saber lidar com a comunicação digital
Hoje, com o cenário em que vivemos e com o enorme protagonismo das redes sociais, é bastante difícil um candidato ser eleito sem ter uma presença na web, sem saber falar diante das câmeras.
Por mais que o isolamento social se torne cada vez menos estrito, a habilidade de saber se posicionar na internet não perderá a sua relevância. Por isso mesmo, aos políticos, é primordial saber lidar com a comunicação digital e seus vieses.
Aos políticos, assim como aos outros líderes, conhecer, desenvolver e aprimorar as habilidades de comunicação digital é uma das necessidades mais urgentes da atualidade.
7. Permitir que o conflito se torne confronto
Os debates fazem parte do dia a dia político, embora nem todos os políticos sejam capazes de debater de verdade. Um debate é – ou deveria ser – uma discussão de ideias, de propostas e não um enfrentamento pessoal.
Em razão disso, uma competência importante no meio político é a de saber debater e evitar que um conflito de ideias se transforme em um confronto pessoal e vazio de conteúdo.
Para o meio político, esses 7 erros podem ser influenciadores e prejudicar ou potencializar a imagem que se transmite aos demais, principalmente aos eleitores.
Vale a pena dizer, ainda, que esses erros não são exclusivos do universo político. Todas as pessoas, seja qual for o cargo, a profissão ou o nicho aos quais se dedicam, precisam aprimorar a comunicação e ser capazes de evitar esses equívocos.
Lembre-se disso!